quarta-feira, 5 de março de 2014



Após a Independência e a aprovação da Constituição que oficializou os Estados Unidos como um país, em 1787, o então presidente George Washington percebeu a necessidade de fazer o país crescer e incentivou a ocupação do Oeste, processo que foi denominado “Marcha para o Oeste”.

Por meio de tratados com a Inglaterra, a França e Espanha, os Estados Unidos adquiriram vastas extensões territoriais. Entretanto, o fator que consolidou a expansão estadunidense foi a promulgação do Homestead Act– Ato de Propriedade Rural, por Abraham Lincoln em 1862. Essa lei determinava que fossem dados 65 hectares de terra arável para quem nela vivesse e plantasse por cinco anos. Ela atraiu a imigração de europeus que fugiam da fome e sofriam perseguições religiosas e políticas.

Expansão territorial dos EUA no século XIX

Iniciou-se, então, a corrida para o oeste, provocando o maior fluxo de povoamento da história americana. As terras eram originalmente ocupadas por povos indígenas, que foram dizimados pelos colonos que buscavam um certame para se estabelecerem.

Cartaz que divulgava doação de terras em Nebraska

O povoamento estimulou a construção de uma vasta rede de ferrovias interligando todo o território americano. As ferrovias, por sua vez, intensificaram o fluxo migratório, num ciclo virtuoso. Elas permitiam o escoamento da produção do Oeste para o Leste, bem como traziam cada vez mais imigrantes em busca de terras, o que assegurava a posse dos territórios conquistados.

Só para se ter uma ideia, no começo do século XIX a população dos EUA era de aproximadamente 5 milhões de habitantes. Ao final, já contava com 70 milhões de habitantes, um montante 16 vezes maior em 100 anos.

O vertiginoso crescimento populacional estimulou enormemente o desenvolvimento das indústrias nacionais, já que formou-se um poderoso mercado consumidor. Além disso, com a conquista dos novos territórios, ricos jazigos minerais (petróleo, prata, ouro, dentre outros) foram descobertos e passaram a ser explorados, proporcionando muito progresso ao país.

Certificado de posse de terra concedido a um colono

O Homestead Act foi uma política democrática de acesso à terra que gerou enormes benefícios aos EUA (não levando em consideração a situação indígena). Ele consolidou a ocupação territorial norte-americana. Deu condições para a produção de muitas riquezas. Estimulou o desenvolvimento da infra-estrutura do país, e, principalmente, representou a oportunidade que mudou a vida de milhões de indivíduos que enxergaram nos Estados Unidos a chance de realizarem seus sonhos.




Em um próximo artigo, contaremos a história da “Lei de Terras” do Brasil, que foi promulgada mais ou menos na mesma época que o Homestead Act, mas que provocou resultados totalmente distintos.




Fontes:
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segunda-feira, 3 de março de 2014

Educação finlandesa, a melhor do mundo



Em se tratando de educação, temos muito que aprender com os finlandeses. Eles estão no topo do ranking mundial.

Nos últimos anos, o país do norte da Europa permaneceu entre os primeiros lugares do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade do ensino. O ranking é elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e realizado a cada três anos.  No último, realizado em 2010, o Brasil ficou na 53ª colocação entre 65 países.

A bela Helsinque, capital da Finlândia. Educação de primeira qualidade.

O segredo do sucesso, segundo Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, é a valorização dos professores e na liberdade que eles têm para trabalhar. Não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como o Enem ou Enade.

Desde o ensino infantil até o superior, a educação é gratuita na Finlândia. Apenas 2% das escolas são particulares, mas são subsidiadas por fundos públicos e os estudantes não precisam pagar nada.

Ao contrário do que se imagina, as escolas de lá não são em tempo integral. Ao contrário, a jornada diária é curta (em torno de 4 a 5 horas) e não tem muita lição de casa. Inclusive há menos dias letivos que os demais países. Jaana defende o modelo: “Para nós, quantidade não é sinônimo de qualidade”, diz ela.

Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia

A grande transformação do sistema educacional finlandês começou no início da década de 1970, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos. Todas as crianças do país passaram a estudar em escolas públicas parecidas e de acordo com o mesmo currículo nacional. O principal objetivo desse modelo era igualar a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade e aumentar o nível educacional da população. Assim, a reforma educacional não foi guiada pelo sucesso escolar e, sim, pela democratização do acesso a escolas de qualidade.

A partir da década de 90, o sistema educacional finlandês passou por uma grande mudança. Tornou-se mais descentralizado, de forma que os municípios, as escolas e os próprios professores tivessem mais autonomia sobre a grade e o conteúdo a ser lecionado. O programa nacional deve ser seguido, pois é a base. Mas os docentes têm total liberdade sobre os métodos e ferramentas que utilizarão na abordagem das disciplinas.

"Os professores planejam as aulas, escolhem os métodos. Não há prova nacional, não acreditamos em testes, estamos mais interessados na aprendizagem. Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia."

A tecnologia não é o fator principal. É apenas uma ferramenta

Os professores recebem, em média, 3 mil euros por mês, o que corresponde a cerca de R$ 8 mil reais, um salário "médio" para o país. Para se tornar um professor por lá o indivíduo necessita possuir mestrado e passar por treinamentos específicos. O salário vai aumentando de acordo com o tempo que o professor fica no cargo. Mas não há bônus por mérito.

A remuneração não é o principal atrativo para os professores, já que não é considerada alta. Entretanto, o sistema funciona com o intuito de oferecer a eles um ambiente estimulante e com boas condições de trabalho. Ser professor é muito interessante na Finlândia, eles são respeitados e reconhecidos pelo seu poder de influenciar a sociedade.

Jaana tem comemorado não apenas os excelentes resultados no Pisa, mas também a equidade entre as escolas. Mesmo com um sistema tão descentralizado, com a autonomia das escolas e professores, escolas rurais localizadas nas florestas, ou as do Norte, que ficam sob a neve e temperaturas de 25 graus negativos, têm desempenho muito semelhante às da capital.

A capacitação e valorização dos professores são os maiores responsáveis pelo sucesso

Outro grande diferencial da educação finlandesa, de acordo com a diretora do Ministério da Educação, é que os alunos com mais dificuldades recebem total atenção dos professores. Aos bons alunos é dada maior autonomia, já os piores são muito acompanhados pelos professores. Todos são mantidos na linha.

Jaana diz que os bons resultados alcançados são frutos de um trabalho longo, que já faz parte da uma cultura. Por isso, evita dar lições e conselhos a outras nações. Com relação ao Brasil, por exemplo, ela diz que as diferenças são muitas. O Brasil é enorme, já a Finlândia é um país pequeno, com menos de 6 milhões de habitantes. Não há a figura dos estados lá, existem apenas a União e os municípios. Isso influencia bastante nas relações políticas.


A Finlândia investe apenas 6% do seu PIB em educação, o que não é muito (o Brasil investe cerca de 5% atualmente). Portanto, o segredo do sucesso não está ligado à quantidade, mas à qualidade. Tecnologia não é o mais importante, ela é apenas uma ferramenta. O essencial é investir em gente, capacitar os professores, dar condições adequadas e estimulantes de trabalho a eles, para que assim eles se sintam motivados a difundir o máximo de conhecimento possível aos seus alunos.


Esse excelente vídeo dá uma boa ideia de como funciona a educação na Finlândia:

 




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sábado, 1 de março de 2014





De acordo com uma pesquisa realizada pela Folha, países com melhores índices de educação tendem a ser menos corruptos. Essa correlação foi obtida por meio do cruzamento de dados do Índice de Percepção de Corrupção Mundial e do Pisa, que é um exame internacional que avalia o desempenho de estudantes do Ensino Médio em Matemática, Leitura e Ciências.

Países com melhor educação tendem a ser menos corruptos, de acordo com pesquisa da Folha.

Os resultados mostram que os países menos corruptos encontram-se no topo do Pisa. Dentre eles está Cingapura, que é um dos cinco menos corruptos de acordo com a ONG Transparência Internacional e o 2º lugar na avaliação do Pisa em matemática.

Cingapura - 2º lugar em matemática e um dos 5 países menos corruptos
O Brasil está em 58º lugar na mesma avaliação do Pisa (matemática) e em 72º lugar na lista dos países menos corruptos.

"A relação é clara. Uma sociedade com melhores índices de educação cobra mais do governo", explica o promotor de Justiça em São Paulo Roberto Livianu. Ele é doutor em Direito pela USP com uma tese sobre combate à corrupção e criador da campanha "Não Aceito Corrupção".

Uma exceção na análise é a China, que lidera as análises de matemática, leitura e ciências no Pisa, mas está em 80º lugar na classificação de países menos corruptos - posição pior do que a do Brasil.

"A China não é um país democrático. A sociedade nem tem instrumentos para cobrar o governo", diz Livianu.

O Pisa é um exame feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a cada três anos em 65 países. Já a lista dos países corruptos é organizado anualmente pela ONG Transparência Internacional com base em dados de percepção de abusos de poder, acordos clandestinos e subornos nos setores públicos em 177 países.



fonte: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/12/1391533-paises-com-melhor-educacao-tendem-a-ser-menos-corruptos.shtml 



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Bebês dormem em caixa de papelão na Finlândia




Há 75 anos, todas as mulheres grávidas na Finlândia recebem um kit de maternidade do governo. O kit inclui uma caixa com roupas, lençóis e brinquedos, e a ideia é que a própria caixa seja usada como cama durante os primeiros meses de vida do bebê.





Muitos acreditam que o kit ajudou a Finlândia a alcançar uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil do mundo.
O kit de maternidade é um presente do governo e está disponível para todas as gestantes.É uma tradição com origem na década de 1930, desenvolvida para dar a todas as crianças na Finlândia um começo de vida igual, independente da classe social.
Ele contém macacões, um saco de dormir, roupas de inverno, produtos de banho para o bebê, assim como fraldas, roupas de cama e um pequeno colchão.
Com o colchão no fundo, a caixa torna-se a primeira cama do bebê. Muitas crianças, de todas as classes sociais, têm seus primeiros cochilos dentro da segurança das quatro paredes da caixa de papelão.


Acompanhamento pré-natal para todos

As mães podem escolher entre receber a caixa ou uma ajuda financeira, que atualmente é de 140 euros (R$ 390), mas 95% optam pela caixa, que vale muito mais.
A tradição começou em 1938, mas inicialmente o sistema só estava disponível para as famílias de baixa renda. Mas isso mudou em 1949.
"A nova lei diz que para receber o kit ou o dinheiro, as gestantes têm que visitar um médico ou uma clínica pré-natal municipal antes do quarto mês de gestação," disse Heidi Liesivesi, que trabalha no Kela, o Instituto de Seguro Social da Finlândia.
Na década de 1930, a Finlândia era um país pobre e a mortalidade infantil era alta ─ 65 em 1.000 bebês morriam. No entanto, os números melhoraram rapidamente nas décadas que se seguiram.
Mika Gissler, professora do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar em Helsinque, acredita que o kit de maternidade e os cuidados pré-natal para todas as mulheres introduzidos na década de 1940, um sistema de seguro de saúde nacional e um sistema central da rede hospitalar na década de 1960 foram fundamentais para reverter essa situação.
Roupas de bebê | Foto: Milla Kontkanen
Todas as gestantes finlandesas tem a opção de receber um kit
maternidade ou uma ajuda financeira

As mães mais felizes do mundo


Aos 75 anos de idade, o kit é agora uma parte estabelecida do rito finlandês de passagem para a maternidade, unindo gerações de mulheres.
"É fácil saber em que ano os bebês nasceram, porque as roupas do kit mudam um pouco a cada ano. É bom comparar e pensar: 'Ah, aquele menino nasceu no mesmo ano que o meu'", diz Titta Vayrynen, de 35 anos, mãe de dois filhos pequenos.
Para algumas famílias, o conteúdo da caixa seria inviável se não fosse gratuito.
"Um relatório publicado recentemente dizia que as mães finlandeses são os mais felizes do mundo e na hora eu pensei na caixa. Somos muito bem cuidados pelo governo, mesmo agora que alguns serviços públicos sofreram pequenos cortes", diz ela.
O conteúdo da caixa mudou muito ao longo dos anos, refletindo a mudança dos tempos.

Símbolo de igualdade

"Os bebês costumavam dormir na mesma cama que os pais e foi recomendado que esse costume acabasse", disse Panu Pulma, professor de História Finlandesa e Nórdica da Universidade de Helsinque. "Incluir a caixa no kit serviu como um incentivo para os pais colocarem os bebês para dormir separados deles.”
Em um certo momento, mamadeiras e chupetas foram removidos para incentivar o aleitamento materno.
"Um dos principais objetivos de todo o sistema era fazer com que as mulheres amamentassem mais e funcionou", diz Pulma.
Ele também acha que incluir livros infantis teve um efeito positivo, encorajando as crianças a segurar os livros e, um dia, lê-los.
Pulma acredita que a caixa é um símbolo da ideia de igualdade, e da importância das crianças.




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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Os melhores países para se viver

De acordo com o último relatório publicado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), os 10 melhores países para se viver em 2013 foram:


Sidney - Austrália


  1. Austrália
  2. Suécia
  3. Canadá
  4. Noruega
  5. Suíça
  6. Estados Unidos
  7. Dinamarca
  8. Holanda
  9. Islândia
  10. Reino Unido



Para elaborar essa classificação, a organização utilizou critérios como média salarial, felicidade dos habitantes, educação, expectativa de vida, acesso a moradia, participação cidadã na esfera política, saúde, satisfação com a vida, senso comunitário, meio ambiente, criminalidade, dentre outros.





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1º Post




Olá, pessoal. Tudo bem?

O blog "Brasil Versus Mundo" foi criado para mostrar as grandes diferenças entre o Brasil e os países mais desenvolvidos. "Versus" significa "em oposição a", "em contraste com", "que desafia". Nesse sentido, colocaremos o Brasil em contraste com outros países, comparando suas distintas situações, nas mais diversas áreas e abordagens.

O primeiro objetivo desse trabalho é proporcionar a você, visitante, o conhecimento sobre como essas diversas realidades foram construídas, como os países desenvolvidos chegaram a esse patamar, e como o Brasil se tornou o que é hoje. Dessa forma, pode-se questionar racionalmente tais condições.

O segundo objetivo é contribuir para fortalecer o espírito de inconformação, ávido por mudanças, que atualmente tem se espalhado pelo Brasil e por vários outros lugares ao redor do mundo. 

Ao comparar a realidade de outros países mais felizes e que funcionam melhor com a nossa realidade teremos mais capacidade e argumentos para exigir mudanças, melhores serviços e, principalmente, mudar nossa maneira de agir.

Por fim, a necessidade de sairmos da zona de conforto e da passividade é consensual. Além de protestar, devemos criar outras formas legítimas de dialogar com o Estado, fazendo com que o Poder Público exista para nos servir e não o contrário. 


Protesto em Junho de 2013 - Brasil


Espero que gostem.
Abraços.


Renan Lagares

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