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segunda-feira, 3 de março de 2014

Educação finlandesa, a melhor do mundo



Em se tratando de educação, temos muito que aprender com os finlandeses. Eles estão no topo do ranking mundial.

Nos últimos anos, o país do norte da Europa permaneceu entre os primeiros lugares do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade do ensino. O ranking é elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e realizado a cada três anos.  No último, realizado em 2010, o Brasil ficou na 53ª colocação entre 65 países.

A bela Helsinque, capital da Finlândia. Educação de primeira qualidade.

O segredo do sucesso, segundo Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, é a valorização dos professores e na liberdade que eles têm para trabalhar. Não tem nada a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como o Enem ou Enade.

Desde o ensino infantil até o superior, a educação é gratuita na Finlândia. Apenas 2% das escolas são particulares, mas são subsidiadas por fundos públicos e os estudantes não precisam pagar nada.

Ao contrário do que se imagina, as escolas de lá não são em tempo integral. Ao contrário, a jornada diária é curta (em torno de 4 a 5 horas) e não tem muita lição de casa. Inclusive há menos dias letivos que os demais países. Jaana defende o modelo: “Para nós, quantidade não é sinônimo de qualidade”, diz ela.

Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia

A grande transformação do sistema educacional finlandês começou no início da década de 1970, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos. Todas as crianças do país passaram a estudar em escolas públicas parecidas e de acordo com o mesmo currículo nacional. O principal objetivo desse modelo era igualar a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade e aumentar o nível educacional da população. Assim, a reforma educacional não foi guiada pelo sucesso escolar e, sim, pela democratização do acesso a escolas de qualidade.

A partir da década de 90, o sistema educacional finlandês passou por uma grande mudança. Tornou-se mais descentralizado, de forma que os municípios, as escolas e os próprios professores tivessem mais autonomia sobre a grade e o conteúdo a ser lecionado. O programa nacional deve ser seguido, pois é a base. Mas os docentes têm total liberdade sobre os métodos e ferramentas que utilizarão na abordagem das disciplinas.

"Os professores planejam as aulas, escolhem os métodos. Não há prova nacional, não acreditamos em testes, estamos mais interessados na aprendizagem. Os professores têm muita autonomia, mas precisam ser bem qualificados. Esta é uma profissão desejada na Finlândia."

A tecnologia não é o fator principal. É apenas uma ferramenta

Os professores recebem, em média, 3 mil euros por mês, o que corresponde a cerca de R$ 8 mil reais, um salário "médio" para o país. Para se tornar um professor por lá o indivíduo necessita possuir mestrado e passar por treinamentos específicos. O salário vai aumentando de acordo com o tempo que o professor fica no cargo. Mas não há bônus por mérito.

A remuneração não é o principal atrativo para os professores, já que não é considerada alta. Entretanto, o sistema funciona com o intuito de oferecer a eles um ambiente estimulante e com boas condições de trabalho. Ser professor é muito interessante na Finlândia, eles são respeitados e reconhecidos pelo seu poder de influenciar a sociedade.

Jaana tem comemorado não apenas os excelentes resultados no Pisa, mas também a equidade entre as escolas. Mesmo com um sistema tão descentralizado, com a autonomia das escolas e professores, escolas rurais localizadas nas florestas, ou as do Norte, que ficam sob a neve e temperaturas de 25 graus negativos, têm desempenho muito semelhante às da capital.

A capacitação e valorização dos professores são os maiores responsáveis pelo sucesso

Outro grande diferencial da educação finlandesa, de acordo com a diretora do Ministério da Educação, é que os alunos com mais dificuldades recebem total atenção dos professores. Aos bons alunos é dada maior autonomia, já os piores são muito acompanhados pelos professores. Todos são mantidos na linha.

Jaana diz que os bons resultados alcançados são frutos de um trabalho longo, que já faz parte da uma cultura. Por isso, evita dar lições e conselhos a outras nações. Com relação ao Brasil, por exemplo, ela diz que as diferenças são muitas. O Brasil é enorme, já a Finlândia é um país pequeno, com menos de 6 milhões de habitantes. Não há a figura dos estados lá, existem apenas a União e os municípios. Isso influencia bastante nas relações políticas.


A Finlândia investe apenas 6% do seu PIB em educação, o que não é muito (o Brasil investe cerca de 5% atualmente). Portanto, o segredo do sucesso não está ligado à quantidade, mas à qualidade. Tecnologia não é o mais importante, ela é apenas uma ferramenta. O essencial é investir em gente, capacitar os professores, dar condições adequadas e estimulantes de trabalho a eles, para que assim eles se sintam motivados a difundir o máximo de conhecimento possível aos seus alunos.


Esse excelente vídeo dá uma boa ideia de como funciona a educação na Finlândia:

 




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sábado, 1 de março de 2014





De acordo com uma pesquisa realizada pela Folha, países com melhores índices de educação tendem a ser menos corruptos. Essa correlação foi obtida por meio do cruzamento de dados do Índice de Percepção de Corrupção Mundial e do Pisa, que é um exame internacional que avalia o desempenho de estudantes do Ensino Médio em Matemática, Leitura e Ciências.

Países com melhor educação tendem a ser menos corruptos, de acordo com pesquisa da Folha.

Os resultados mostram que os países menos corruptos encontram-se no topo do Pisa. Dentre eles está Cingapura, que é um dos cinco menos corruptos de acordo com a ONG Transparência Internacional e o 2º lugar na avaliação do Pisa em matemática.

Cingapura - 2º lugar em matemática e um dos 5 países menos corruptos
O Brasil está em 58º lugar na mesma avaliação do Pisa (matemática) e em 72º lugar na lista dos países menos corruptos.

"A relação é clara. Uma sociedade com melhores índices de educação cobra mais do governo", explica o promotor de Justiça em São Paulo Roberto Livianu. Ele é doutor em Direito pela USP com uma tese sobre combate à corrupção e criador da campanha "Não Aceito Corrupção".

Uma exceção na análise é a China, que lidera as análises de matemática, leitura e ciências no Pisa, mas está em 80º lugar na classificação de países menos corruptos - posição pior do que a do Brasil.

"A China não é um país democrático. A sociedade nem tem instrumentos para cobrar o governo", diz Livianu.

O Pisa é um exame feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a cada três anos em 65 países. Já a lista dos países corruptos é organizado anualmente pela ONG Transparência Internacional com base em dados de percepção de abusos de poder, acordos clandestinos e subornos nos setores públicos em 177 países.



fonte: http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/12/1391533-paises-com-melhor-educacao-tendem-a-ser-menos-corruptos.shtml 



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